quarta-feira, 21 de abril de 2010

PREFÁCIO DO LIVRO 50 ANOS DE PARNASO DE ALÉM TÚMULO

Creio que, por mais privilegiados que sejam, falece aos contemporâneos de alguém a projeção histórica indispensável para avaliarem com justeza o grau de sua influência na perspectiva do tempo. Assim, por mais aptidões julguemos possuir, penso que ainda não podemos fazer ideia adequada de como será lembrado, no grande futuro, o nosso tão querido Francisco Cândido Xavier. Se, porém, não podemos investir-nos no direito de ajuizar pelo porvir, podemos certamente recordar o passado e sentir com toda a força o presente, agindo de acordo com o nosso entendimento e com o nosso coração.
Se não nos assiste o poder de falar pelas gerações porvindouras, que irão compulsar e aferir a obra mediúnica do Chico, temos sobre ela os nossos próprios juízos, na condição de seus contemporâneos e beneficiários diretos – e é nesses juízos que alicerçamos os nossos sentimentos. Para nós, portanto – e falo por mim, no caso –, o Chico e sua obra (e não os separo, porque a meu ver intimamente se entrosam e se completam) representam a própria consolidação do trabalho codificador de Kardec, quer pela exuberância de sua contribuição fenomenológica, quer pelo impacto e pela projeção de seu ideário, quer pela extraordinária pujança de sua exemplificação.
Hernani T. Sant’Anna,

Nenhum comentário:

Postar um comentário