Chico sempre vestiu-se humildemente. Possuía apenas dois ternos, um de uso e outro de reserva.
Certa ocasião, um irmão infeliz, dado ao vício de tirar coisas alheias, entrou no seu quarto, e, na sua ausência, levou-lhe o único terno, que possuía de reserva. Seus irmãos, sabendo do acontecido, reagiram. Combinaram uma armadilha para pegar o viciado, certos de que ele voltaria, pois tanta facilidade encontrou para agir... E fizeram uma trouxa de roupas usadas e a colocaram à janela de seu quarto, bem à vista. Traduzindo-lhe as intenções, ofereceu-lhes o Chico para ficar de guarda. Aceitaram. E por algumas noites, vigiou. Quando menos esperava, alta hora da noite, vê alguém entrar no seu quintal, dirigir-se à sua janela, pegar a trouxa e levá-la. Deixou passar alguns minutos e, depois, deu o alarme. Levantaram-se os familiares apressadamente, inteiraram-se do roubo , e deram uma busca. Tudo em vão. Não encontraram o ladrão.
- Mas, Chico, como deixou o ladrão fugir? – advertiu-lhe um dos irmãos.
- Estava cansado e dormi. Quando acordei já a trouxa não estava na janela – respondeu-lhe.
Mas, todos ficaram contrafeitos, achando que, diante do acontecido, não deviam ter dó do Chico; que, por castigo, deveriam deixar que ele andasse com um terno só, até que de sujo, apodrecesse no seu corpo...
O caso morreu.
Uma tarde, vinha o Chico na sua charrete, de volta da Fazenda, quando alguém fá-lo parar e lhe implora:
- Irmão Chico, pare, desejo lhe pedir perdão...
- Perdão de quê, meu irmão?
- Fui eu quem lhe roubou as roupas... E, quando fui verificá-las, encontrei seu bilhete, que me tocou o coração, pois que me dizia: Vá com Deus ! E até hoje sinto que estou com Deus e Deus está comigo e não posso roubar mais.
O Chico abraçou-o comovido, perdoou-lhe a falta e, satisfeito por vê-lo reformado, tornou a dizer-lhe:
- Vá com Deus, meu irmão!
(Trecho extraído do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” – Ed. Lake - 19 a Edição - págs. 197 e 198)
Certa ocasião, um irmão infeliz, dado ao vício de tirar coisas alheias, entrou no seu quarto, e, na sua ausência, levou-lhe o único terno, que possuía de reserva. Seus irmãos, sabendo do acontecido, reagiram. Combinaram uma armadilha para pegar o viciado, certos de que ele voltaria, pois tanta facilidade encontrou para agir... E fizeram uma trouxa de roupas usadas e a colocaram à janela de seu quarto, bem à vista. Traduzindo-lhe as intenções, ofereceu-lhes o Chico para ficar de guarda. Aceitaram. E por algumas noites, vigiou. Quando menos esperava, alta hora da noite, vê alguém entrar no seu quintal, dirigir-se à sua janela, pegar a trouxa e levá-la. Deixou passar alguns minutos e, depois, deu o alarme. Levantaram-se os familiares apressadamente, inteiraram-se do roubo , e deram uma busca. Tudo em vão. Não encontraram o ladrão.
- Mas, Chico, como deixou o ladrão fugir? – advertiu-lhe um dos irmãos.
- Estava cansado e dormi. Quando acordei já a trouxa não estava na janela – respondeu-lhe.
Mas, todos ficaram contrafeitos, achando que, diante do acontecido, não deviam ter dó do Chico; que, por castigo, deveriam deixar que ele andasse com um terno só, até que de sujo, apodrecesse no seu corpo...
O caso morreu.
Uma tarde, vinha o Chico na sua charrete, de volta da Fazenda, quando alguém fá-lo parar e lhe implora:
- Irmão Chico, pare, desejo lhe pedir perdão...
- Perdão de quê, meu irmão?
- Fui eu quem lhe roubou as roupas... E, quando fui verificá-las, encontrei seu bilhete, que me tocou o coração, pois que me dizia: Vá com Deus ! E até hoje sinto que estou com Deus e Deus está comigo e não posso roubar mais.
O Chico abraçou-o comovido, perdoou-lhe a falta e, satisfeito por vê-lo reformado, tornou a dizer-lhe:
- Vá com Deus, meu irmão!
(Trecho extraído do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” – Ed. Lake - 19 a Edição - págs. 197 e 198)
Nenhum comentário:
Postar um comentário